sábado, 9 de julho de 2011

O PROFESSOR DE ARTES

A ação pedagógica do professor em sala de aula, conforme o encaminhamento metodológico, precisa propiciar a práxis artística (unidade entre a teoria e a prática artística), por meio de vivências e do entendimento histórico e teórico das experiências vivenciadas. O docente necessita vivenciar experiências pedagógicas, didáticas e artísticas, ou seja, é preciso participar deste processo enquanto aluno para que se possa conduzir o processo ensino-aprendizagem como professor com os alunos em sala de aula. É fundamental que o professor conheça e organize o conteúdo da disciplina que leciona para que, a partir dele, possa construir caminhos para torná-lo mais acessível à apropriação deste pelos alunos. A sistematização e organização curricular dos conteúdos em Arte não consiste de uma listagem linear e estanque, mas sim de uma diretriz, um caminho que possa promover a apreensão, subjetivação e objetivação teórica e prática do saber artístico, de forma gradativa e que aos poucos possa ser aprofundada. É necessário haver uma paixão pelo que estamos fazendo. Desta forma, além de ensinar, também cabe ao docente avaliar o ensinar e o aprender durante o processo de desenvolvimento do trabalho pedagógico da disciplina arte, tornando consciente ao aluno o que foi aprendido e ao professor o que foi ensinado.

PLANO DE AULA.

Plano de aula - Medos

Prof. Marizete Maffei

Duração: 7 aulas de 50 min.

Assunto: Sentimentos.

Turmas de 6º ano.

Justificativa: Sentimentos todos temos, porém, na atualidade alguns são mais enfatizados devido as situações a que somos expostos. Devido a agressividade e a falta de um bom relacionamento entre a turma, decidi trabalhar os sentimentos iniciando com a história: Se ligue em você I ( Tio Gaspa). Após uma conversa com a turma, ficou evidente que o medo é um sentimento constante na nossa vida. Ele se apresenta de várias formas, em diferentes proporções e diferentes situações. Sendo assim, trabalharemos com o medo, ou com os medos.

Objetivos:

Integrar arte com as demais áreas do conhecimento

Conhecer obras de Edvard Munch

Relacionar essas obras com sentimentos

Retratar o medo de uma forma artística

Interagir com o grupo

Desenvolvimento:

Inicialmente houve um diálogo sobre os sentimentos que se apresentam na história, porque eles acontecem? Quando nos fazem bem e quando não fazem bem? É possível transformar um sentimento? Outros questionamentos foram surgindo e discutidos entre os alunos. Após as considerações, fiz uma pesquisa do sentimento que mais os agradava e o que menos os agradava. A mesma pergunta foi feita para as famílias. O medo apareceu em todas as respostas como algo ruim. Relacionamos o medo com objetos, com cores, com odores, lemos vários tipos de texto sobre medo. Olhamos as obras de Edvard Munch na informática e em grupos foram escolhidas obras para análise. 6 grupos foram formados e cada grupo escolheu uma obra de Munch. As questões foram elaboradas e sugeridas pela turma toda, como por exemplo: O que aparece na obra? Que cores o artista usou? O que ele tentou transmitir? Se ele fizesse a obra hoje, faria igual? Tem algum sentimento retratado nessa obra? Os grupos escolheram a forma de expressar suas construções. Fizeram painéis com releitura da obra, música, dança e teatro.

Avaliação: Houve um grande envolvimento dos alunos e da comunidade escolar, por se tratar de um assunto que envolve a todos. Também melhorou muito a agressividade entre colegas, sem contar as surpresas de talentos que se manifestaram, aumentando a auto estima deles. O trabalho foi intenso e não foi permitido o encontro fora do horário de aula, fazendo com que aproveitassem ao máximo o tempo.

Comentário: A professora titular me auxiliou muito nessas aulas, por conhecer bem as características da turma e foi me dando dicas de como eu poderia aumentar o interesse deles pelas atividades, já que estão numa idade onde os interesses são bem específicos. As atividades de pesquisa e construção das apresentações demoraram 3 aulas e as apresentações propriamente ditas 4 aulas, sendo que no último dia, fizemos um feedback de todo o processo. Os alunos gostaram muito e se envolveram também. Até os mais “desligados” tiveram uma boa dedicação. As produções e os locais das apresentações foram organizadas por eles com a orientação minha e a permeação da direção para liberar os espaços. Os grupos fizeram as seguintes produções: 1 grupo, teatro; 2 grupos fizeram dança; 2 grupos fizeram música, um fez paródia e o outro um RAP e o outro grupo, um painel com recortes e colagens e palavras significativas. Tudo isso causou curiosidade da comunidade escolar e muitos colegas, professores, ficaram atentados a aderir ao projeto ou criar outros nesse sentido. Assim, percebi como as aulas de artes podem produzir um efeito transformador sem utilizar apenas técnicas, que era o que eu entendia por artes até aqui. Adorei a experiência, já que não sou prof de artes e sim alfabetizadora, sempre procurando trabalhar a alfabetização contextualizada, porém insegura ao ingressar em outra área e outra faixa etária de alunos. Confesso que tranqüila não fiquei, mas gratificada com o resultado, sim!

Confesso que me senti uma estagiária no início de carreira! Sou alfabetizadora e não prof de artes. Tenho preferencia por trabalhar com crianças de 7 e 8 anos e não mais que isso. O desafio foi grande, mas o resultado foi gratificante. Me surpreendi com o envolvimento e as produções dessa meninada e com o potencial dos alunos que muitas vezes não conhecemos por não proporcionar oportunidades a eles. Outro ponto que me fez perceber o bom resultado dessas aulas, foi o planejamento bem pensado e bem direcionado. Gostei da experiência!!!

OBSERVAÇÃO DE UMA AULA DE ARTES

Observação de uma aula ministrada em uma escola pública da rede urbana, com 29 alunos do 2º ano do ensino fundamental.

A professora tem licenciatura em artes visuais e foi nomeada este ano. É o primeiro ano dela como professora. Sua relação com os alunos é de bastante respeito, carinho, mas firmeza nas ordens e cobrança de limites.

Esta aula foi dada numa sala de aula convencional, não na sala de artes que a escola disponibiliza. As aulas de artes são dadas uma vez por semana.

A professora trouxe para a sala de aula 5 imagens da obra La chambre de Van Gogh, xerocada em preto e branco e colou-as nas paredes da sala. Pediu que os alunos chegassem perto da imagem e anotassem no caderno de aula o que viam na figura. Após todos terem escrito, leram o que anotaram individualmente. A professora pediu o que representava aquela figura. A professora então colocou em cima de uma classe, palavras em papéis recortados onde estava escrito o que aparecia na imagem. Chamou alguns alunos que iam virando a palavra e lendo-a. A professora escrevia no quadro a palavra lida e quem tinha essa palavra na lista marcava um ponto. Pediu que levantasse o dedo quem não tinha todas as palavras que foram para o quadro e quem tinha palavras que não estavam no quadro. Explicou que a imagem era um Xerox de uma obra de arte de Van Gogh. Respondeu as curiosodades dos alunos sobre ele e falou da forma como ele ocupou bem o espaço. Fez um questionamento sobre importância de observar com atenção e distribuiu folhas de desenho para que cada um fizesse o seu quarto. Recolheu as atividades. Houve planejamento, construção de conhecimento e a atividade foi prazerosa. Os alunos interagiram com boa vontade e entusiasmo. Estava bem adequada ao nível das crianças. O resultado do desenho deles foi que a maioria fez uma ótima ocupação da folha e comentavam que o quarto deles era muito parecido com o do artista(não conseguiam ou não lembravam do nome).

OBSERVAÇÕES PERTINENTES:


Lendo as observações das aulas e também os comentários do fórum, faço minha contribuição dizendo que nem tudo está perdido! Este ano, na escola onde atuo, as professoras de artes são bem empenhadas e estão fazendo um trabalho maravilhoso, tanto no turno da tarde (2 profes) como uma no turno da manhã. A do turno da noite não sei do trabalho e apenas uma do turno da manhã, que já é formada há mais de 30 anos não está nem aí! Seus alunos fazem desenho livre ou pintam xerox e não importa o ano que ela atua. É sempre assim. Mas as outras fazem os alunos refletirem, usam muito bem o período que dispõem e isso deve nos animar e nos motivar. Trabalho há 20 anos nessa escola e não tinha visto ainda esse empenho de profes de artes. Elas são recentemente formadas.

PCN ENSINO MÉDIO

A música, as artes plásticas e audiovisuais, a dança e o teatro, podem favorecer a formação da identidade e desenvolver uma consciência social multicultural, sem preconceitos e com muito mais aceitações. Os PCN-Arte podem ser utilizados para respaldar esse desenvolvimento de forma mais aprofundada em determinada linguagem artística, ou ainda como base para reivindicar as condições necessárias para uma prática pedagógica de qualidade. Podemos observar que eles instigam a fuga da memorização e valorizam a busca, a pesquisa a análise, a seleção que vem de encontro com a proposta triangular de Ana Mae Barbosa, reflexão, fruição e produção, que são as habilidades a serem desenvolvidas para a arte contemporânea. Para concluir, é preciso deixar claro que, apesar de todos os questionamentos em torno dos PCN-Arte, passam necessariamente pela prática concreta – com todos os seus conflitos – , pois é nela que tais mudanças terão que ser construídas e conquistadas. E o professor tem o papel principal para que isso ocorra.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PROPOSTA TRIANGULAR

As propostas contemporâneas do ensino da arte ampliaram-se e o arte -educador passou a ter um papel fundamental nos processos e métodos deste novo ensino.
Esta proposta pode ser expandida e contribuir para o desenvolvimento de outros projetos educacionais se houver o envolvimento do professor. Todas as áreas do conhecimento podem ser beneficiadas com esta proposta que valoriza as produções artísticas e as informações culturais históricas.

Porém, o que pode não ser bom é que nem todos professores utilizem a proposta triangular como partida da leitura estética, mas como uma limitação.

O ENSINO DE ARTES VISUAIS NA CONTEMPORANEIDADE

É importante que o professor conheça as tendências que influenciaram o ensino e a aprendizagem da arte ao longo da história, para poder entender a situação da arte-educação no contexto atual e refletir sobre sua atuação pedagógica com o objetivo de otimizá-la e como subsídio para uma ação mais segura. Porém, sabemos que ainda é grande o número de professores que desconhecem essa caminhada histórica e, consequentemente, estão alienados de sua função social enquanto educadores. Não são comprometidos, são acomodados.

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E ENSINO DE ARTES



ESCOLA TRADICIONAL

“ O adulto, detentor do saber, incutiria na criança conhecimentos e valores morais aceitáveis socialmente, como ressalta Ferraz e Fusari (1993, p. 23): “

“A escola tradicional reproduz modelos, não estimula a participação dos estudantes e da comunidade, define o professor como o centro das atividades e propostas, firma previamente os conteúdos a serem ensinados e despreza o conhecimento de mundo dos educandos.” (http://www.planetaeducacao.com.br)

detentor do saber, incutiria na criança conhecimentos e valores morais aceitáveis socialmente, como ressalta Ferraz e Fusari (1993, p. 23): “

“A escola tradicional reproduz modelos, não estimula a participação dos estudantes e da comunidade, define o professor como o centro das atividades e propostas, firma previamente os conteúdos a serem ensinados e despreza o conhecimento de mundo dos educandos.” (http://www.planetaeducacao.com.br)

O ensino de Arte na pedagogia tradicional:

Inicia-se no século XIX e se estende para o século XX.

Valorizava a transmissão do conteúdo de forma reprodutivista preocupando-se, sobretudo, com o produto do trabalho escolar.

Esse produto demonstrava o quanto o aluno aprendeu do “fazer técnico e científico” dos conteúdos abordados.

Os conteúdos são verdades absolutas, dissociadas da vivência dos alunos e de sua realidade social.

A metodologia aplicada nas aulas de desenho na escola tradicional, é feita através de exercícios propostos pelo professor, com

reproduções de modelos, exclusivamente voltados para o aprimoramento do desenho e da destreza motora, percepção visual e arte pautada pela concepção estética do belo.

O aluno é o receptor passivo, inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse de informações.

A avaliação é centrada no produto do trabalho.

“Na arte: mimética, cópias, modelos externos, fazer técnica e científico, conteúdo reprodutivista, mantém a divisão social existente, canto orfeônico, trabalhos manuais.” (http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html)

Ao refletir sobre a pedagogia tradicional, percebe-se que ela continua forte e persistente na grande maioria das escolas e universidades.
Na questão do ensino e da aprendizagem da arte, esta continua restringindo-se à cópia e à repetição de modelos propostos pelo professor, com o objetivo de desenvolver a coordenação motora e a percepção visual do aluno, que se exercita ao copiar fielmente, o mais completo possível, do modelo original. Essa concepção está presente na maioria dos cursos de arte espalhados pelo País, bem como nas escolas, pode – se ver muitas aulas dessa forma.

Ainda temos aulas que parecem repetir os passos das aulas tradicionais:

“Recordação da aula anterior ou preparação para aula do momento
Apresentação de novos conhecimentos, principalmente através de aulas expositivas,
Assimilação do novo conhecimento por parte do aluno por meio de comparações,
Generalização e identificação dos conhecimentos por meio de exercícios,
Aplicação dos novos conhecimentos em diferentes situações, atribuindo para isso , “ lições de casa” com exercícios de fixação e memorização.” (Fuzari e Ferraz, 2001, p. 27)

O ideal é aplicar os pontos positivos de cada método, ou seja, um cenário no qual o professor conhece e domina o conteúdo a ser ministrado e os alunos utilizam o senso crítico. Neste processo de ensino e aprendizagem , a participação ativa do professor e do aluno é fundamental para se alcançar os objetivos. Claro que não somente por meio de comparações, mas com reflexões para formação da cidadania, relacionando passado e presente, ampliando a formação cultural e não esquecendo as concepções de mundo e de sociedade que queremos vivenciar e construir com os alunos.

Ainda encontra-se muita resistência por parte de alguns professores que não conseguem superar a influência da pedagogia tradicional recebida durante sua formação acadêmica, mostrando insegurança para introduzir as tendências contemporâneas .

Referências bibliográficas:

ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre, mediação, 2009.

FUSARI , Maria Felisminda de Rezende e FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo. Arte na educação escolar. São Paulo. Cortez, 2001.

Fontes:

http://www.gearte.ufrgs.br/producoes/producao_gilvania07.pdf

http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/conhecer-cultura-soltar-imaginacao-427722.shtml

http://www.arteducacao.pro.br/Artigos/educativa.htm

http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=23

http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html

EDUCAR PARA A COMPREENSÃO DA ARTE.

Estamos em um momento cultural com um forte apelo visual, porém, muito se percebe de massificação de opiniões e comportamentos, de senso estético, de valores, etc. Nos textos propostos para estudo, percebemos que os autores citados, cada um de sua maneira, ressaltam que o olhar é o sentido pelo qual absorvemos, compreendemos o que vemos. Educar na contemporaneidade é um desafio grande para a escola e para os professores de artes igualmente. Temos que ter em mente em nosso planejamento, a questão: Como meu aluno articula as informações que circulam ao seu redor? Acredito que baseada nessa questão posso elaborar um planejamento coerente com a realidade onde me encontro, sem deixar de levar em conta o conhecimento que já vem com o aluno. A forma como as aulas de artes se processam hoje são muito diferentes do que estávamos acostumadas a ver. Não são apenas aplicações de técnicas manuais, é necessário formar uma consciência estética, compreendendo e respeitando a multiplicidade. Na minha “ idéia para situação de aprendizagem”, não levei em conta tudo isso, apenas pensei em contextualizar com uma questão que me incomoda muito, o lixo no pátio.

OS PCNs NAS SÉRIES FINAIS DO E.F.

O modo como os PCNs podem me auxiliar e auxiliar todos os educadores dispostos a ensinar artes visuais é de construirmos uma proposta pedagógica de forma participativa e comprometida utilizando as diversas modalidades artísticas encaminhando as atividades no sentido de desenvolver o pensamento artístico e a percepção estética dando maior sentido à experiência humana e sua história. Os objetivos são claros quando direcionam para uma abrangência grande no sentido de produzir, apreciar e contextualizar. O aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas, bem como favorece ao aluno relacionar-se criadoramente com as outras disciplinas do currículo. Os PCNs são enfáticos nesse sentido. O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida. E isso fica vísivel nos objetivos e referenciais dos PCNs. Ainda não utilizo esses referenciais para aulas específicas de artes, pois sou alfabetizadora, mas aproveito muito para outros momentos. A escola onde trabalho utiliza os PCNs para os professores elaborarem seus planos de trabalho e os projetos.

IDÉIA PARA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Aula de artes a partir de uma obra contemporânea.

Objetivos:

· Conhecer o artista Vik Muniz, que utiliza materiais alternativos para se expressar.

· Possibilitar aos alunos o trabalho com linguagens artísticas diferentes.

· Possibilitar uma reflexão sobre a utilização de lixo para uma obra de arte.

Atividade:

Através da observação da obra de Vik Muniz, “Lixo”, debater porque o artista a confeccionou?

Assistir ao vídeo que mostra o trabalho deste artista. http://www.youtube.com/watch?v=z1b_7GOoqtU

Questionar se na escola encontramos lixo fora do seu devido local?

Formar grupos e desafiar os alunos a montarem uma obra de arte no pátio da escola utilizando apenas o lixo encontrado no chão da escola.

Convidar toda a comunidade escolar para ver a obra, sendo que cada grupo explica ao público qual o motivo de terem feito a determinada obra e porque.

Caso houver interesse dos alunos, pode-se pesquisar mais artistas contemporâneos e utilizar suas obras para continuar as aulas de criação e também de estudos.

Avaliação:Perceber se houve envolvimento de todos os alunos e grupos e se entenderam o sentido de uma obra contemporânea.

Acadêmica: Marizete Maffei – pólo UCS – Caxias do Sul.

RELATO DE PROFESSORES

Análise do projeto:

Projeto Coleções

Nível: Ensino Fundamental - 6º ao 9º ano

A proposta de Vanessa Sales Rafael, busca através de uma prática comum entre os jovens, a coleção, disciplinar os mesmos para uma visão mais ampla sobre a contemporaneidade. Através de desafios e questionamentos foram criando suas próprias coleções e daí avançando o estudo para artistas que utilizam coleções para elaborar suas obras. Também aprenderam a organizar e expor suas coleções registrando tudo o que foi significativo num local que chamaram de “ diário de bordo”.

Os alunos de 6º a 9º ano começaram relatando o que pode ser colecionado, foram estimulados a criar suas coleções e analisaram o motivo de colecionar. Fizeram a relação das coleções com a arte e como os artistas a utilizam trabalhando artistas como Vick Muniz e Jac Lierner. Todo o proceso foi bem contextualizado e os professores de outras disciplinas também contribuíram com atividades para o projeto.

O interesse do trabalho foi muito grande por parte dos alunos e da comunidade. Como relata o próprio texto do projeto, “ Podem ser enumeradas diversas habilidades e competências necessárias para a realização da proposta: interesse, organização, criatividade, concentração, dinamismo, compromisso, respeito, colaboração.”

Esta é uma forma de construir novos conceitos , tanto na área de artes como em outras áreas, prazeroso e concreto.