Continuação da reflexão: Questionamentos.

Temos que levar em consideração que ainda existem colegas nas escolas, na minha por exemplo que são muito resistentes quando se planeja por ano, ou série. Existem colegas que não querem desafios, que não vão "se incomodar" fazendo planejamentos ou atividades diferentes das que aprenderam em seus cursos há anos atrás. Que pensam nos alunos como objetos que devam aceitar e "egolir" o que a profe "ensina". Aqui entramos novamente nas reflexões de Paulo Freire: "O conhecimento é construído", Antonio Nóvoa diz que a pesquisa e a reflexão deve ser do grupo de professores da escola e Tania Marques entre algumas citações, diz: " Pensar no aluno a partir do aluno". Sinto ainda muita resistência de colegas de trabalho para inovar, se comprometer. Isso é um grande atraso! Também sinto dificuldade para fazer os pais entenderem que estudar não é apenas encher cadernos, por isso, os 2ºs anos iniciais da escola onde trabalho, no início do ano, encontra-se com os pais de todas as turmas juntas, que são 4 e colocamos aos pais como irá funcionar o nosso trabalho. Iniciamos a reunião lendo a mensagem:
" Mães más", porque entendemos que as famílias também estão muito "perdidas" quanto ao papel de cada um na família. Às vezes quem "manda" em casa é a criança e não os pais. Isto está errado. E nessa reflexão, acho que a família deve ter mais participação na escola e não só quando tem entrega de agendas. Aliás, será que algum dos teóricos educadores tem alguma proposta sobre a participação da família na escola de forma mais eficaz? Afinal, os alunos serão "nossos" apenas por determinado período, mas serão filhos eternamente. Nossas 4 turmas de 2ºs anos iniciais está engatinhando na questão de participação mais efetiva da família. Fazemos atividades que envolva a família, temas em família, pesquisas para a família, porque acreditamos que ser professor no contexto atual, requer esse envolvimento com a família para tentar resgatar o que se perdeu ou se atrapalhou.

Questionamentos.

Acredito que, no momento em que usamos nossas aulas para transformar um conhecimento em uma ação, ou seja, construirmos um currículo por competência, como defende "Philippe Perrenoud", abrimos um precedente para que a escola se torne um local mais atrativo. Sendo assim o interesse e o retorno do que foi ensinado terá um maior proveito, tanto pelo aluno, como pelo professor. O curriculo por competência tem uma relação com "a leitura do mundo precede a leitura da palavra"(Paulo Freire). Quando um conteúdo faz parte de um contexto é mais fácil de compreender e de transferir (Edgar Morin). Assim construiremos um conhecimento que interessa, que se aproveita e que tem um retorno. Por exemplo: Todas as escolas ensinam os cuidados com o meio ambiente, lixo, água.... então porque o pátio da escola está cheio de papel no chão? Como esse assunto foi abordado se não houve uma mudança? Como foi construido? As informações destes teóricos de educação que nos foram passadas são básicas e se aproveitarmos todas as reflexões certamente seremos melhores professores no contexto atual e teremos um melhor retorno das sementes que plantarmos. O professor que é pesquisador, segundo Tania Marques, se questiona: O professor ensina o quê? Ele ensina o quê ou a quem? O que vai ensinar e como sabe o que vai ensinar? Sempre soube o que ensina?Ensina como aprendeu? E todos vão aprender do mesmo jeito? Esses são questionamentos muito pertinentes ao nosso trabalho como professores. Acredito que com uma reflexão assim a qualidade será outra, bem melhor, as aulas serão mais atrativas e haverá mais prazer em estudar e ensinar, tanto dos alunos como dos professores. Não é difícil, basta dedicação.

USO DO PORTIFÓLIO

Já faço uso do portifólio para avaliar meus alunos do 2º ano, séries iniciais. Todos os trimestres coleto e arquivo produções deles. Não é virtual. Estes arquivos mostram a caminhada de cada aluno, respeitando sua individualidade e seu tempo, apresentando seus avanços e suas dificuldades. Baseada na observação dessas atividades, posso também me avaliar e perceber se houve falha e quais atitudes devem ser tomadas. Lendo os textos de apoio sobre portifólio, percebi como posso melhorar a utilização desse instrumento e que posso usá-lo também para minha avaliação. Com as dicas que ali foram apresentadas, pretendo continuar e melhorar o que já faço em sala de aula e transformar o meu portifólio-blog num meio de registrar meus saberes e dúvidas, reflexões e questionamentos, das nossas aulas no curso de Artes Visuais.

Ser professor no contexto atual.

Neste portifólio-blog vou inserir as considerações que serão significativas durante o curso de Artes Visuais, bem como, angústias, questionamentos, debates e coletas de informações a respeito dos assuntos tratados.
O portifólio-blog é o local onde registro meus comentários, meus entendimentos e minhas dúvidas sobre a aula. É uma forma de me auto-avaliar e de ser avaliada. Ao mesmo tempo posso ter a colaboração de outras pessoas, comentando, criticando ou até acrescentando saberes.

Ser professor no contexto atual

Neste portifólio-blog pretendo inserir o que aprendi refletindo sobre as leis nacionais que regem a educação no país, sobre os questionamentos que faremos durante nosso curso em relação ao nosso papel de educadores, as angústias , esclarecimentos e questionamentos que forem surgindo. Através dessa ferramenta pretendo construir uma sequência de anotações significativas que me auxiliarão em meu estudo no curso de Artes Visuais e também na minha atuação em sala de aula.

Portifólio-blog

Inicio meu protifólio blog, postando a foto de algumas colegas que fazem parte do nosso grupo de estudos que acontecem aos sábados pela manhã na Ucs. É muito bom participar deste momento porque nele tiramos nossas dúvidas, fazemos nossos debates, discutimos os prós e contras das disciplinas e do curso, dividimos nossas informações e enriquecemos em nossos saberes.